Trabalho e Descanso na Justa Medida

A mente nĂŁo se deve manter sempre na mesma intenção ou tensĂŁo, antes deve dar-se tambĂ©m Ă  diversĂŁo. SĂłcrates nĂŁo se envergonhava de brincar com as crianças, CatĂŁo aliviava com vinho o seu ânimo fatigado dos cuidados pĂşblicos e CipiĂŁo dançava com aquele corpo triunfante e militar (…) O nosso espĂ­rito deve relaxar: ficará melhor e mais apto apĂłs um descanso. Tal como nĂŁo devemos forçar um terreno agrĂ­cola fĂ©rtil com uma produtividade ininterrupta que depressa o esgotaria, tambĂ©m o esforço constante esvaziará o nosso vigor mental, enquanto um curto perĂ­odo de repouso restaurará o nosso poder. O esforço continuado leva a um tipo de torpor mental e letargia. Nem os desejos dos homens devem encaminhar-se tĂŁo depressa nesta direcção se o desporto e o jogo os envolvem numa espĂ©cie de prazer natural; embora uma repetida prática destrua toda a gravidade e força do nosso espĂ­rito. Afinal, o sono tambĂ©m Ă© essencial para nos restaurar, mas se o prolongássemos constantemente, dia e noite, seria a morte.