O Nosso Infinito

HĂĄ ou nĂŁo um infinito fora de nĂłs? É ou nĂŁo Ășnico, imanente, permanente, esse infinito; necessariamente substancial pois que Ă© infinito, e que, se lhe faltasse a matĂ©ria, limitar-se-ia Ă quilo; necessĂĄriamente inteligente, pois que Ă© infinito, e que, se lhe faltasse a inteligĂȘncia, acabaria ali? Desperta ou nĂŁo em nĂłs esse infinito a ideia de essĂȘncia, ao passo que nĂłs nĂŁo podemos atribuir a nĂłs mesmos senĂŁo a ideia de existĂȘncia? Por outras palavras, nĂŁo Ă© ele o Absoluto, cujo relativo somos nĂłs?
Ao mesmo tempo que fora de nĂłs hĂĄ um infinito nĂŁo hĂĄ outro dentro de nĂłs? Esses dois infinitos (que horroroso plural!) nĂŁo se sobrepĂ”em um ao outro? NĂŁo Ă© o segundo, por assim dizer, subjacente ao primeiro? NĂŁo Ă© o seu espelho, o seu reflexo, o seu eco, um abismo concĂȘntrico a outro abismo? Este segundo infinito nĂŁo Ă© tambĂ©m inteligente? NĂŁo pensa? NĂŁo ama? NĂŁo tem vontade? Se os dois infinitos sĂŁo inteligentes, cada um deles tem um princĂ­pio volante, hĂĄ um eu no infinito de cima, do mesmo modo que o hĂĄ no infinito de baixo. O eu de baixo Ă© a alma; o eu de cima Ă© Deus.
PĂŽr o infinito de baixo em contacto com o infinito de cima,

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