Textos sobre Felicidade de David Hume

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Textos de felicidade de David Hume. Leia este e outros textos de David Hume em Poetris.

O Todo nĂŁo Representa Nada

Olhem em redor deste universo. Que enorme profusĂŁo de seres, animados e organizados, sensĂ­veis e activos! VocĂȘs admiram esta extraordinĂĄria variedade e fecundidade. Mas inspeccionem mais atentamente estas existĂȘncias vivas, os Ășnicos seres que merecem ser observados. Como sĂŁo hostis e destrutivos uns para os outros! Como todos eles sĂŁo insuficientes para a sua prĂłpria felicidade! Como sĂŁo desprezĂ­veis ou abominĂĄveis para o espectador! O todo nĂŁo representa nada a nĂŁo ser a ideia de uma natureza cega, impregnada de um grande princĂ­pio estimulante, e vertendo do regaço, sem discernimento nem cuidado paternal, os seus filhos mutilados e abortivos.

A Frivolidade dos Nossos Anseios de Felicidade

Quando reflectimos sobre a brevidade e a incerteza da vida, quĂŁo desprezĂ­veis parecem todos os nossos anseios de felicidade? E, mesmo que estendĂȘssemos a nossa atenção para alĂ©m da nossa prĂłpria vida, quĂŁo frĂ­volos parecem os nossos projectos mais vastos e generosos quando consideramos as mudanças e revoluçÔes incessantes nos assuntos humanos, por meio das quais as leis e a cultura, os livros e os governos sĂŁo postos de lado apressadamente pelo tempo, como por uma correnteza ligeira, e se perdem no imenso oceano da matĂ©ria? Tal reflexĂŁo seguramente tende a mortificar todas as nossas paixĂ”es.