Um CĂ©rebro Sempre Jovem

A sociedade está a ser varrida por um movimento chamado nova velhice. A norma social para as pessoas de idade era passiva e sombria; confinadas a cadeiras de baloiço, esperava-se que entrassem em declĂ­nio fĂ­sico e mental. Agora o inverso Ă© verdade. As pessoas mais velhas tĂŞm expetativas mais elevadas de que permanecerĂŁo ativas e com vitalidade. Consequentemente, a definição de velhice mudou. Num inquĂ©rito perguntou-se a uma amostra de baby boomers: “Quando tem inĂ­cio a velhice?” A resposta mĂ©dia foi aos 85. Ă€ medida que aumentam as expetativas, o cĂ©rebro deve claramente manter-se a par e adaptar-se Ă  nova velhice. A antiga teoria do cĂ©rebro fixo e estagnado sustentava ser inevitável um cĂ©rebro que envelhecesse. Supostamente as cĂ©lulas cerebrais morriam continuamente ao longo do tempo Ă  medida que uma pessoa envelhecia, e a sua perda era irreversĂ­vel.

Agora que compreendemos quão flexível e dinâmico é o cérebro, a inevitabilidade da perda celular já não é válida. No processo de envelhecimento — que progride à razão de 1% ao ano depois dos trinta anos de idade — não há duas pessoas que envelheçam de maneira igual. Até os gémeos idênticos, nascidos com os mesmos genes, terão muito diferentes padrões de atividade genética aos setenta anos,

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