O Bem e o Mal
Em princĂpio, Ă© justo que se mostre maior afecto por aqueles que mais contribuĂram para o enobrecimento dos homens e da vida humana. Se porĂ©m indagarmos quais sĂŁo esses homens vemo-nos perante dificuldades. Nos chefes polĂticos, e atĂ© mesmo nos chefes religiosos, Ă© por vezes bastante duvidoso sabermos se o que fizeram serviu mais para o bem do que para o mal.
Creio pois, muito sériamente, que a melhor maneira de servir os homens é ocupá-los numa tarefa nobre, mediante a qual eles se enobrecem indirectamente. Isto aplica-se em primeiro lugar aos artistas notáveis, em segundo lugar aos investigadores. É certo que os resultados da investigação não enobrecem nem enriquecem o homem; o que o enobrece são os esforços que faz pela compreensão, o trabalho intelectual produtivo e receptivo.
Seria decerto descabido querer-se ajuizar do valor do Talmude pelos seus resultados intelectuais.
Textos sobre Mal de Albert Einstein
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O Aspecto Mais Grave da Segregação
Parece ser facto geral, que as minorias — em especial aquelas cujos indivĂduos tĂŞm caracterĂsticas fĂsicas diferentes — sejam tratadas pelas maiorias, entre as quais vivem, como classes humanas inferiores. O que este destino tem de trágico nĂŁo reside apenas no prejuĂzo que naturalmente advĂ©m para essas minorias sob o aspecto econĂłmico e social, mas tambĂ©m ao facto de os indivĂduos, vivendo nestas condições, se renderem geralmente — devido Ă influĂŞncia sugestiva da maioria —à quele preconceito sobre o seu valor, e acabarem considerando os seus semelhantes como inferiores. Esta segunda parte e a mais grave do mal, pode ser suprimida por uma mais estreita uniĂŁo e por uma educação deliberadamente esclarecida da minoria, para assim se conseguir a libertação espiritual da mesma.