Aprende a Ser como os Outros

NĂŁo precisamos de ler, estudar ou conhecer ninguĂ©m, quando produzimos nĂłs prĂłprios. Pois nĂŁo basta que produzamos nĂłs prĂłprios? E gostemos de nĂłs prĂłprios? Que nos pode dar o espĂ­rito alheio, quando sobre o prĂłprio nosso desceu em lĂ­nguas de fogo a sabedoria de tudo? Melhor: A verdade Ă© que nem precisamos nĂłs prĂłprios de produzir (toda a produção Ă© uma limitação), ou mal precisamos de produzir, para usufruirmos as vantagens do criador e produtor. (…) Aprende a contar uma anedota; duas anedotas; trĂȘs anedotas; quatro anedotas… uma anedota diverte muita gente; quatro anedotas divertem muito mais… aprende a polvilhar de blague todas essas ideias sĂ©rias, pesadas, profundas, obscuras, – ao cabo simplesmente maçadoras – com que pretendes sufocar (…); aprende a cultivar aquele subtil espĂ­rito de futilidade que ligeiramente embriaga como um champanhe, e a toda a gente agrada, lisonjeia todos, por a todos nos dar a reconfortante impressĂŁo de pertencermos ao mesmo meio… estarmos ao mesmo nĂ­vel; nĂŁo queiras ser nem sobretudo sejas mais inteligente ou mais sensĂ­vel, mais honesto ou mais sincero, mais trabalhador ou mais culto, mais profundo ou mais agudo… numa palavra: superior. Sim, homem! aprende a ser como os outros, dizendo bem ou mal de tudo e todos –

Continue lendo…