A moral consiste em fazer prevalecer os instintos simpáticos sobre os impulsos egoístas.
Passagens de Auguste Comte
32 resultadosFelizes dos que, relembrando a juventude, não se lembram de fatos vergonhosos.
Como a arte deve sobretudo desenvolver em nós o sentimento da perfeição, jamais tolera a mediocridade: o verdadeiro gosto sempre supõe um vivo desgosto.
Viver para os outros não é somente a lei do dever, mas também a da felicidade.
Viver pelo Outro
Melhor do que qualquer outro animal sociável, o homem tende cada vez mais a uma unidade realmente altruísta, menos fácil de realizar do que a unidade egoísta, embora muito superior em plenitude e em estabilidade.
(…) Toda a educação humana deve preparar todos para viverem pelo outro a fim de reviverem no outro.
(…) O ser deve-se subordinar a uma existência exterior a fim de nela encontrar a origem da sua própria estabilidade. Ora, essa condição só se pode realizar satisfatoriamente sob o domínio das inclinações que dispõem cada um a viver sobretudo pelo outro.
Viver às claras.
Cansamo-nos de agir e até de pensar, mas jamais nos cansamos de amar.
Nem sempre é possível ou conveniente suspender o juízo.
Nenhuma renovação mental pode realmente regenerar a sociedade a não ser quando a sistematização das ideias conduz à sistematização dos sentimentos, a única socialmente decisiva, e sem a qual jamais a filosofia substituiria a religião.
Saber para prever, a fim de poder.
Na ordem humana, único tipo completo da ordem universal, não existem famílias sem sociedade, assim como sociedades sem famílias.
Os maiores esforços dos génios mais sistemáticos não conseguiriam construir pessoalmente qualquer língua real.
O orgulho divide-nos ainda mais que o interesse.
Superiores pelo amor, mais dispostas a subordinar a inteligência e a actividade ao sentimento, as mulheres constituem espontaneamente seres intermediários entre a Humanidade e os homens.
Não se conhece completamente uma ciência enquanto não se souber da sua história.
Não existe sociedade sem governo, assim como governo sem sociedade.
Teoria e Prática
Se, por um lado, qualquer teoria positiva deve ser necessariamente fundamentada em observações, é igualmente sensível, por outro, que, para se entregar à observação, o nosso espírito necessita de uma teoria qualquer. Se, ao contemplar os fenómenos, não os ligarmos imediatamente a alguns princípios, não apenas nos será impossível combinar essas observações isoladas e, consequentemente, delas tirar algum fruto, mas seríamos inteiramente incapazes de retê-las; e, na maioria das vezes, os factos permaneceriam despercebidos aos nossos olhos.
Mesmo que a terra fosse dentro de pouco tempo abalada por um choque celeste, viver para o outro, subordinar a personalidade à sociabilidade, não cessariam de constituir até ao fim o bem e o dever supremos.
A família humana não passa no fundo da nossa menor sociedade; e o conjunto normal da nossa espécie forma apenas, em sentido inverso, a família mais vasta.
A liberdade é o direito de fazer o próprio dever.