Passagens de Auguste Comte

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Todos os bons intelectos têm repetido, desde o tempo de Bacon, que não pode haver qualquer conhecimento real senão aquele baseado em fatos observáveis.

A arte reconduz suavemente à realidade as contemplações demasiado abstractas do teórico, enquanto impele com nobreza o prático para as especulações desinteressadas.

Para a alma, a religião constitui um consenso normal exactamente comparável ao da saúde em relação ao corpo.

Nada é mais oposto às belas-artes do que a visão estreita, o movimento demasiado analítico e o abuso do raciocínio, próprios ao nosso regime científico, aliás tão funesto ao desenvolvimento moral, primeira fonte de toda a disposição estética.

Como a arte deve sobretudo desenvolver em nós o sentimento da perfeição, jamais tolera a mediocridade: o verdadeiro gosto sempre supõe um vivo desgosto.

Viver pelo Outro

Melhor do que qualquer outro animal sociável, o homem tende cada vez mais a uma unidade realmente altruísta, menos fácil de realizar do que a unidade egoísta, embora muito superior em plenitude e em estabilidade.
(…) Toda a educação humana deve preparar todos para viverem pelo outro a fim de reviverem no outro.
(…) O ser deve-se subordinar a uma existência exterior a fim de nela encontrar a origem da sua própria estabilidade. Ora, essa condição só se pode realizar satisfatoriamente sob o domínio das inclinações que dispõem cada um a viver sobretudo pelo outro.

Nenhuma renovação mental pode realmente regenerar a sociedade a não ser quando a sistematização das ideias conduz à sistematização dos sentimentos, a única socialmente decisiva, e sem a qual jamais a filosofia substituiria a religião.

Na ordem humana, único tipo completo da ordem universal, não existem famílias sem sociedade, assim como sociedades sem famílias.

Os maiores esforços dos génios mais sistemáticos não conseguiriam construir pessoalmente qualquer língua real.

Superiores pelo amor, mais dispostas a subordinar a inteligência e a actividade ao sentimento, as mulheres constituem espontaneamente seres intermediários entre a Humanidade e os homens.