As palavras fogem quando precisamos delas e sobram quando não pretendemos usá-las.
Frases de Carlos Drummond de Andrade
1017 resultadosO país excessivamente grande perde a noção de grandeza e resigna-se a ser dirigido por homens pequenos.
Os condenados à vida aprovam ou repelem a pena de morte, conforme o temperamento.
Esse minúsculo ponto do sexo feminino, em torno do qual gira a máquina do mundo.
Mantemos reserva para com o desconhecido, esquecendo que não nos conhecemos a nós mesmos.
São tantos órgãos a defender a cultura que ela acaba esmagada pela massa de defensores.
Condenamos a crueldade alheia sem indagar se, em situação idêntica, não faríamos a mesma coisa.
A beleza, dom dos deuses, é breve, porque os deuses logo o confiscam.
Quanto mais aprendo, menos vivo.
Ninguém está preparado para morrer, mas isto não faz diferença; morre-se assim mesmo.
O pênis, caçador que às vezes nega fogo diante da caça.
A língua do enforcado continua falando coisas que não entendemos.
A história recente ainda não é História, porque a presenciamos, e a antiga também não, porque não a testemunhamos.
A chuva é igualmente responsável por gripes e poemas lacrimejantes.
Perdoar antes é melhor do que perdoar depois.
O mau cheiro é um perfume falsificado que faz questão de aparecer como autêntico.
A dor nova, diferente das experimentadas, prova que o aprendizado é infinito.
Enganamos aos outros, porém não tanto quanto a nós mesmos.
O caluniador lança uma hipótese de trabalho que às vezes é aproveitada.
Quem é desmemoriado, ou nada tem para contar, escreve as memórias dos outros.