Poemas sobre Rapazes

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Poemas de rapazes escritos por poetas consagrados, filósofos e outros autores famosos. Conheça estes e outros temas em Poetris.

Poemas da Infância

Segundo

Quando foi que demorei os olhos
sobre os seios nascendo debaixo das blusas,
das raparigas que vinham, Ă  tarde, brincar comigo?…
… Como nasci poeta
devia ter sido muito antes que as mĂŁes se apercebessem disso
e fizessem mais largas as blusas para as suas meninas.
Quando, nĂŁo sei ao certo.

Mas a histĂłria dos peitos, debaixo das blusas,
foi um grande mistério.
TĂŁo grande
que eu corria até ao cansaço.
E jogava pedradas a coisas impossĂ­veis de tocar,
como sejam os pássaros quando passam voando.

E desafiava,
sem razĂŁo aparente,
rapazes muito mais velhos e fortes!
E uma vez,
de cima de um telhado,
joguei uma pedrada tĂŁo certeira
que levou o chapéu do Senhor Administrador!

Em toda a vila
se falou logo num caso de polĂ­tica;
o Senhor Administrador
mandou vir da cidade uma pistola,
que mostrava, nos cafés, a quem a queria ver;
e os do partido contrário
deixaram crescer o musgo nos telhados
com medo daquela raiva de tiros para o cĂ©u…

Tal era o mistério dos seios nascendo debaixo das blusas!

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Poeminha Nupcial

A linda noivinha
no altar se casará
com o rapaz que fez tudo
pra não ir até lá.

As Adolescentes

A pele mosqueada da maçã reineta,
um ar vago e doce, feliz.
Subitamente correm como rapazes,
sĂŁo a corda do arco
que se dilata e a seta do corpo
chega aos quinze anos,
quando abrem as ancas
e amam como se fossem mĂŁes.

No Dia que para Sempre Separámos do Corpo

No dia que para sempre separámos do corpo,
havia nesse dia sobre o livro de gravuras
um insecto com os breves sinais de uma aranha.

Esperávamos um recado que se fez esperar e
tinha as mĂŁos no rosto e fora meu.
A medo a dor para onde nĂŁo sei bem levava a dor
o rosto.

Havia tudo um pouco misturado. Antigas cartas
velhos poemas.
Até do outro lado da janela víamos tristes
tristes rapazes jogando a bola,

corpo jogado sob o vento de abril e o de
março.

Dentro do quadro via a camisola de lĂŁ branca
e o que de loiro havia do recente sol
via a dor o recado desejado no negro azul
das aves.

Sobre o céu, o mar, esse tinha-lo agora nos novos
olhos.

Quando Toda és Terra a Terra

Marga, teu busto tufa,
Dois gomos e véus de ilhal
Palpitam palmo de gente
Nesse tefe-tefe igual
E há qualquer coisa de ardente
Que se endireita e que rufa
Nem tambor a general.

Marga, teu peitinho estringes,
Toca a quebrados na praça
De armas que empunham rapazes
De guarda a uma egĂ­pcia esfinge,
E um vento de guerra passa
E o pau da bandeira ringe
Antes de fazer as pazes.

Marga, que deusa de guerra,
A MiosĂłtis se interpĂ´s
Quando toda és terra a terra
Cálice de rododendro
Zango nunca em ti se pĂ´s
Em estames senĂŁo tremendo…