Pobres das Flores dos Canteiros
Pobres das flores dos canteiros dos jardins regulares.
Parecem ter medo da polĂcia…
Mas tĂŁo boas que florescem do mesmo modo
E tĂȘm o mesmo sorriso antigo
Que tiveram para o primeiro olhar do primeiro homem
Que as viu aparecidas e lhes tocou levemente
Para ver se elas falavam…
Poemas sobre Sorriso de Alberto Caeiro
2 resultados Poemas de sorriso de Alberto Caeiro. Leia este e outros poemas de Alberto Caeiro em Poetris.
Se Ă s Vezes Digo que as Flores Sorriem
Se Ă s vezes digo que as flores sorriem
E se eu disser que os rios cantam,
NĂŁo Ă© porque eu julgue que hĂĄ sorrisos nas flores
E cantos no correr dos rios…
à porque assim faço mais sentir aos homens falsos
A existĂȘncia verdadeiramente real das flores e dos rios.
Porque escrevo para eles me lerem sacrifico-me Ă s vezes
Ă sua estupidez de sentidos…
NĂŁo concordo comigo mas absolvo-me,
Porque só sou essa cousa séria, um intérprete da Natureza,
Porque hĂĄ homens que nĂŁo percebem a sua linguagem,
Por ela nĂŁo ser linguagem nenhuma.