Cenas De EscravidĂŁo

Acabara o castigo… áspero, cavo,
Cheio de angĂşstia um grito lancinante
Estala atroz na boca hirta, arquejante;
Na boca negra, esquálida do escravo…

O seu algoz… oh! nĂŁo — Ă­ntimo travo
O seu olhar espelha — rubro, iriante…
É um escravo também, brônzeo, possante;
Arfa-lhe em dor o peito largo e bravo!

Cumprira as ordens do Senhor… tremente,
Fita o infeliz, calcado ao chĂŁo, dolente,
Velado o olhar num dolorido brilho…

Fita-o… depois, num Ă­mpeto sublime
Ergue-o; no peito cálido o comprime,
Cinge-o a chorar — Meu filho! pobre filho!