Guerra Junqueiro
Quando ele do Universo o largo supedâneo
Galgou como os clarões — quebrando o que nĂŁo serve,
Fazendo que explodissem os astros de seu crânio,
As gemas da razão e os músculos da verve;Quando ele esfuziou nos páramos as trompas,
As trompas marciais — as liras do estupendo,
Pejadas de prodĂgios, assombros e de pompas,
Crescendo em proporções, crescendo e recrescendo;Quando ele retesou os nervos e as artérias
Do verso orbicular — rasgando das misĂ©rias
O ventre do Ideal na forte hematemese.Clamando — Ă© minha a luz, que o sĂ©culo propague-a,
Quando ele avassalou os pĂncaros da águia
E o sol do Equador vibrou-lhe aquelas teses!
Sonetos sobre Proporção de Cruz e Souza
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