A Inexauribilidade do Presente

Sorvendo a borra da sua prĂłpria chĂĄvena, Sabbath levantou finalmente o olhar do submerso erro crasso que era o seu passado. Por acaso o presente tambĂ©m estava em curso, construĂ­do dia e noite como os navios-transporte de tropas em Perth Amboy durante a guerra, o venerĂĄvel presente que recua atĂ© Ă  antiguidade e prossegue a direito da Renascença atĂ© hoje – era a esse presente sempre-a-começar e interminĂĄvel que Sabbath renunciava. Acha repugnante a sua inexauribilidade. SĂł por isso devia morrer. E depois, que importa que tenha levado uma vida estĂșpida? Qualquer pessoa com alguma inteligĂȘncia sabe que estĂĄ a levar uma vida estĂșpida mesmo enquanto estĂĄ a levĂĄ-la. Qualquer pessoa com alguma inteligĂȘncia compreende que estĂĄ destinada a levar uma vida estĂșpida porque nĂŁo hĂĄ outra espĂ©cie de vida. NĂŁo existe nada de pessoal nisso.