O Carácter do Destino

NĂŁo sĂł as coisas acontecem com as pessoas, (…) cada um gera tambĂ©m aquilo que acontece consigo. Gera-o, invoca-o, nĂŁo deixa de escapar Ă quilo que tem de acontecer. O homem Ă© assim. Fá-lo, mesmo que saiba e sinta logo, desde o primeiro momento, que tudo o que faz Ă© fatal. O homem e o seu destino seguram-se um ao outro, evocam-se e criam-se mutuamente. NĂŁo Ă© verdade que o destino entre cego na nossa vida, nĂŁo. O destino entra pela porta que nĂłs mesmo abrimos, convidando-o a passar. NĂŁo há nenhum ser humano que seja bastante forte e inteligente para desviar com palavras ou com acções o destino fatal que advĂ©m, segundo leis irrevogáveis, da sua natureza, do seu carácter.