Modelar uma estátua e dar-lhe vida é belo; modelar uma inteligência e dar-lhe verdade é sublime.
Passagens de Victor Hugo
401 resultadosO Ente Exterior Não é o Real
0 corpo humano é talvez uma simples aparência, escondendo a nossa realidade, e condensando-se sobre a nossa luz ou sobre a nossa sombra. A realidade é a alma. A bem dizer, o rosto é uma máscara. 0 verdadeiro homem é o que está debaixo do homem. Mais de uma surpresa haveria se pudesse vê-lo agachado e escondido debaixo da ilusão que se chama carne. 0 erro comum é ver no ente exterior um ente real.
A suprema felicidade consiste em sermos amados por nós mesmos; melhor ainda, consiste em sermos amados, apesar de nós mesmos.
A felicidade é algo que se conquista durante a vida… E quando conquistá-la, aproveite ao máximo pois a gente só vive uma vez na vida e não é todo o momento que estamos felizes!
Há certas descidas ao fundo do abismo que retiram um homem do meio dos vivos.
O pudor é a epiderme da alma.
Estamos todos condenados à morte, mas com um tipo de adiamento indefinido.
Ela abaixou a fronte, como se o rosto na sombra pusesse na sombra o pensamento.
Aquilo que guia e arrasta o mundo não são as máquinas, mas as idéias.
O paciente é o mais forte.
O trabalho não pode ser uma lei sem que seja um direito.
A vida já é curta, mas nós tornamo-la ainda mais curta, desperdiçando tempo.
Tanto nos tornaríamos sábios conservando no pensamento os diversos resíduos de todas as filosofias humanas, como teríamos saúde engolindo todos os fundos de garrafa de uma farmácia antiga.
Passamos metade da nossa vida à espera daqueles que iremos amar e a outra metade a deixar os que amamos.
A música é o verbo do futuro.
Gosto não define caráter, mas se definisse eu seria uma alma muito boa.
O Sofrimento do Hipócrita
Ter mentido é ter sofrido. O hipócrita é um paciente na dupla acepção da palavra; calcula um triunfo e sofre um suplício. A premeditação indefinida de uma ação ruim, acompanhada por doses de austeridade, a infâmia interior temperada de excelente reputação, enganar continuadamente, não ser jamais quem é, fazer ilusão, é uma fadiga. Compor a candura com todos os elementos negros que trabalham no cérebro, querer devorar os que o veneram, acariciar, reter-se, reprimir-se, estar sempre alerta, espiar constantemente, compor o rosto do crime latente, fazer da disformidade uma beleza, fabricar uma perfeição com a perversidade, fazer cócegas com o punhal, por açúcar no veneno, velar na franqueza do gesto e na música da voz, não ter o próprio olhar, nada mais difícil, nada mais doloroso. O odioso da hipocrisia começa obscuramente no hipócrita. Causa náuseas beber perpétuamente a impostura. A meiguice com que a astúcia disfarça a malvadez repugna ao malvado, continuamente obrigado a trazer essa mistura na boca, e há momentos de enjôo em que o hipócrita vomita quase o seu pensamento. Engolir essa saliva é coisa horrível. Ajuntai a isto o profundo orgulho. Existem horas estranhas em que o hipócrita se estima. Há um eu desmedido no impostor.
Uma vez que o meu coração está morto, vivi mais que o suficiente.
Nada neste mundo é tão poderoso como uma idéia cuja oportunidade chegou.
O homem é capaz de todos os heroísmos, a mulher, de todos os martírios. O heroísmo enobrece, o martírio sublima.