O que é a modéstia senão uma humildade hipócrita por meio da qual, num mundo infestado de vil inveja, um homem procura implorar perdão por suas virtudes e seus méritos àqueles que não têm nenhum? Pois quem não se atribui nenhum mérito porque não tem nenhum não é modesto, mas meramente honesto.
Frases de Arthur Schopenhauer
242 resultadosAlguém rico interiormente de nada precisa do mundo exterior a não ser um presente negativo, a saber, o ócio, para poder cultivar e desenvolver as suas capacidades espirituais e fruir a sua riqueza interior.
Quem não ama a solidão, também não ama a liberdade: apenas quando se está só é que se está livre.
A música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não compreende.
A inveja é natural ao homem. No entanto, ela é, ao mesmo tempo, um vício e uma desgraça. A inveja dos homens mostra o quanto se sentem infelizes; a sua atenção constante às acções e omissões dos outros mostra o quanto se entediam.
A honra cavalheiresca é filha da arrogância e da tolice.
O que há de característico no terror pânico é que ele não está claramente consciente dos seus motivos; mais os pressupõe do que os conhece e, se necessário, fornece o próprio temor como motivo do temor.
O que um indivíduo pode ser para o outro, não significa grande coisa, no fim cada qual acaba só. Ser feliz, diz Aristóteles, é bastar-se a si mesmo.
A modéstia é a humildade de um hipócrita que pede perdão pelos seus méritos aos que não têm nenhum.
O instinto de sociabilidade de cada um está na proporção inversa da sua idade.
A honra refere-se às qualidades que todos podem atribuir a si mesmos publicamente; a glória, àquelas que ninguém pode atribuir a si mesmo.
Aquilo que representamos, ou seja, a nossa existência na opinião dos outros, é, em consequência de uma fraqueza especial da nossa natureza, geralmente bastante apreciado; embora a mais leve reflexão já nos possa ensinar que, em si mesma, tal coisa não é essencial para a nossa felicidade.
A opinião dos outros a nosso respeito só pode ter valor na medida em que determina ou pode ocasionalmente determinar a sua acção para connosco.
Quanto mais jovens somos, tanto mais cada ser particular representa toda a sua espécie. Isso vai diminuindo gradualmente com o passar dos anos, acarretando a grande diferença da impressão que os objectos fazem em nós quando estamos na juventude ou na velhice.
Qualquer verdade passa por três estágios: Primeiro, é ridicularizada. Segundo, é violentamente combatida. Terceiro, é aceita como óbvia e evidente.
Nenhum caminho é mais errado para a felicidade do que a vida no grande mundo, às fartas e em festanças, pois, quando tentamos transformar a nossa miserável existência numa sucessão de alegrias, gozos e prazeres, não conseguimos evitar a desilusão; muito menos o seu acompanhamento obrigatório, que são as mentiras recíprocas.
Por sabedoria entendo a arte de tornar a vida mais agradável e feliz possível.
Uma apreciação correcta do valor daquilo que se é em si e «para si» mesmo, comparado àquilo que se é apenas aos olhos «de outrem», contribuirá em muito para a nossa felicidade.
Uma maneira de agradar é deixar que cada um fale de si.
O que faz da juventude um período infeliz é a caça à felicidade, na firme pressuposição de que ela tem de ser encontrada na existência. Disso resulta a esperança sempre malograda e, desta, o descontentamento.