Frases Exclamativas de Castro Alves

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Povo! Povo infeliz! Povo mártir eterno,
Tu és do cativeiro o Prometeu moderno…

Era o relampejar da liberdade
Nas nuvens do chorar da humanidade,
Ou sarça do Sinai,
Relâmpagos que ferem de desmaios
Revoluções, vós deles sois os raios
Escravos, esperai!

A praça, a praça é do Povo!
Como o céu é do Condor!
É antro onde a liberdade
Cria a águia ao seu calor!

Oh! bendito o que semeia
Livros, livros, à mancheia
E manda o povo pensar…

A palavra, vós roubais-la
Dos lábios da multidão.
Dizeis, senhores, à lava:
Que não rompa do vulcão!

Basta! … Eu sei que a mocidade
É o Moisés no Sinai;
Das mãos do eterno recebe
As tábuas da lei! Marchai!
Quem cai na luta com glória.
Tomba nos braços da história,
No Coração do Brasil.

Prendi meus afetos, formosa Pepita… mas, onde? No tempo? No espaço? Nas névoas? Não rias… Prendi-me num laço de fita!

Oh! por isso, Maria, vês me curvo
Na face do presente escuro e turvo
E interrogo o porvir;
Ou levantando a voz por sobre os montes,
‘Liberdade’ pergunto aos horizontes,
‘Quando enfim hás de vir?’

Não calqueis o povo-rei!
Que este mar d’almas e peitos,
Com vagas de seus direitos,
Virá partir-vos a lei.

Não basta inda de dor, ó Deus terrível?!
É pois teu peito eterno, inexaurível
De vingança e rancor?
E que é que fiz, Senhor?
que torpe crime
Eu cometi jamais, que assim me oprime
Teu gladio vingador?

E bradei: ‘Meu canto, voa,
Terra ao longe! terra à proa!
Vejo a terra do porvir!

Eu já não tenho mais vida! Tu já não tens mais amor! Tu só vives para o riso, eu só vivo para dor.

E o povo é como a barca em plenas vagas,
A tirania é o tremedal das plagas,
O porvir – a amplidão.
Homens! Esta lufada que rebenta
É o furor da mais lôbrega tormenta
Ruge a revolução.