O meio mais seguro de ocultarmos aos outros os limites do nosso saber é nunca os ultrapassar.
Passagens de Giacomo Leopardi
75 resultadosO primeiro motivo por que se está disposto a ajudar outro nas devidas ocasiões é a alta apreciação que se tem de si mesmo.
Quem não tem um objetivo quase nunca sente prazer nas suas ações.
Cada um é tão infeliz como acredita ser.
Encontra-se a felicidade na ignorância da verdade.
Não existe maior indício de ser pouco filósofo e pouco sábio do que desejar uma vida inteira de sabedoria e filosofia.
O simples facto de rir alto dá-vos uma superioridade assegurada em relação a todos os presentes ou circunstantes, sem excepção. Terrível e awful é a potência do riso: quem tem a coragem de rir é senhor dos outros, do mesmo modo como quem tem a coragem de morrer.
A alma tende sempre a julgar os outros pelo que pensa de si mesma.
As pessoas são ridículas apenas quando querem parecer ou ser o que não são.
Prazer filho da angústia.
Duas verdades em que os homens em geral nunca acreditarão: a primeira, a de não saber nada, a segunda, a de não ser nada. Acrescente a terceira, que depende muito da segunda: a de não ter nada a esperar depois da morte.
Saber é ver dentro de nós.
Os Melhores Momentos do Amor
Nos transportes do amor, na conversa com a amada, nos favores que recebes dela, até nos mais extremos, vais mais em busca da felicidade do que à tentação de provar isso de que o teu coração agitado sente uma grande falta, um não-sei-quê de menos do que ele esperava, um desejo de algo, mesmo de muito mais. Os melhores momentos do amor são aqueles de uma tranquila e doce melancolia em que choras e não sabes porquê, e te resignas quase na quietude a um infortúnio que desconheces. Nessa quietude, a tua alma está quase cumulada, e quase sente o gosto da felicidade. Assim como no amor, que é o estado da alma mais rico de prazeres e ilusões, a melhor parte, a via mais correcta para o prazer e para uma sombra de felicidade é a dor.
(…) Quando um homem concebe o amor, o mundo inteiro se dissipa aos seus olhos, ele não vê nada além do ser amado, está no meio da multidão, das conversas, em plena solidão, abstraído, fazendo os gestos que lhe inspira esse pensamento sempre imóvel e muito poderoso, sem se preocupar com a surpresa nem com o desprezo alheios, ele se esquece de tudo e tudo lhe parece tedioso sem esse único pensamento,
Nesse mundo, vive-se apenas de prepotência. Se não quiseres ou não a souberes aplicar, os outros hão-de aplicá-la sobre ti. Sede, portanto, prepotentes. O mesmo digo da impostura.
As desgraças não requerem pranto, mas conselho.