Os moços são tão solícitos sobre o seu vestuário, quanto os velhos são negligentes: aqueles atendem mais à moda e à elegância, estes à sua comodidade.
Passagens de Mariano José Pereira da Fonseca
643 resultadosAfectamos desprezar os bens que não podemos conseguir.
A democracia é como a tesoura do jardineiro, que decota para igualar; a mediocridade é o seu elemento.
Formam-se mais tempestades em nós mesmos que no ar, na terra e nos mares.
Um povo corrompido não pode tolerar um governo que não seja corrupto.
Os governos fracos fazem fortes os ambiciosos e insurgentes.
A companhia dos livros dispensa com grande vantagem a dos homens.
A modéstia doura os talentos, a vaidade os deslustra.
A filosofia não entorpece a sensibilidade, quando muito pode chegar a regulá-la.
Deve-se julgar da opinião e caráter dos povos pelo dos seus eleitos e prediletos.
O arrependimento é ineficaz quando as reincidências são consecutivas.
É mais fácil perdoar os danos do nosso interesse, que os agravos do nosso amor-próprio.
Os empregos que por intrigas e facções se alcançam, por facções e intrigas se perdem.
A impaciência, quando não remedeia os nossos males, agrava-os.
A vida humana seria incomportável sem as ilusões e prestígios que a circundam.
A inveja de muitos anuncia o merecimento de alguns.
A opinião que domina é sempre intolerante, ainda quando se recomenda por muito liberal.
A imaginação é o paraíso dos afortunados, e o inferno dos desgraçados.
O estudo da história acumula sobre a experiência individual a de muitos séculos e milénios.
Ocupados em descobrir os defeitos alheios, esquecemo-nos de investigar os próprios.