Nenhum governo é bom para os homens maus.
Passagens de Mariano José Pereira da Fonseca
643 resultadosO lisonjeiro conta sempre com a abonação do nosso amor-próprio.
Os homens de bem perdem e empobrecem nos mesmos empregos em que os velhacos ganham e se enriquecem.
Os que reclamam para si maior liberdade são os que ordinariamente menos a toleram e permitem nos outros.
A impaciência em que vivemos provém da nossa ignorância, queremos que os homens e as coisas sejam o que não podem ser, e deixem de ser o que são por sua essência e natureza.
Condenamos por ignorantes as gerações pretéritas, e a mesma sentença nos espera nas gerações futuras.
A vaidade é talvez um grande condimento da felicidade humana.
Há crimes felizes que são reputados heróicos e gloriosos.
O homem que não é indulgente com os outros, ainda não se conhece a si próprio.
A beneficência da vaidade é algumas vezes mais profusa que a da virtude.
Há muita gente infeliz por não saber tolerar com resignação a sua própria insignificância.
Onde os homens se persuadem que os governos os devem fazer felizes, e não eles a si próprios, não há governo que os possa contentar nem agradar-lhes.
Nunca os louvores que damos são gratuitos; temos sempre em vista alguma retribuição por este sacrifício do nosso amor-próprio.
Ninguém pode se queixar da falta de um amigo, podendo ter um cão.
O insignificante presume dar-se importância maldizendo de tudo e de todos.
Não é dado ao saber humano conhecer toda a extensão da sua ignorância.
Os homens não se vendem de graça, o seu amor-próprio lhes marca o preço, mas a concorrência o rebaixa.
A vingança do sábio desatendido ou maltratado é o silêncio.
A escravidão é o tributo que a ignorância paga à força dirigida por maior e melhor inteligência.
Os nossos inimigos contribuem mais do que se pensa para o nosso aperfeiçoamento moral. Eles são os historiadores dos nossos erros, vícios e imperfeições.