De vez em quando precisamos sacudir a árvore das amizades para caírem as podres.
Passagens de Mário da Silva Brito
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Certos amigos dispensam-nos de ter inimigos.
De vez em quando precisamos de sacudir a árvore das amizades para caírem as podres.
Quem muito pensa no futuro, perde o presente.
A gente sabe que o amor existe graças aos crimes passionais que a imprensa regista diariamente.
Envelhecer é cansar-se de si mesmo.
Nas ditaduras, a frase, famosa, de Descartes, mudou para «Existo, logo não penso».
De vez em quando a gente precisa sacudir a árvore das amizades para caírem as podres.
Quanto mais conheço os homens, mais aprecio as mulheres.
Ter razão é fácil. Perceber que os outros a têm – eis o problema.
As amantes pensam que nunca serão abandonadas. E, no entanto, foram feitas para isso.
Só os amigos atraiçoam.
É autor de estilo tão pessoal que está impossibilitado de escrever cartas anónimas.
Se realmente existisse, Deus já teria destruído o mundo.
Cada escritor tem os leitores que merece.