Verdadeiramente bom só é o homem que nunca censura os outros pelos males que lhe acontecem.
Passagens de Paul Valéry
181 resultadosO homem sabe frequentemente o que faz, não sabe nunca o que fez.
Quantas coisas é preciso ignorar para agir!
O que é simples é sempre falso. O que o não é, não serve para nada.
É próprio das censuras violentas tornar credíveis as opiniões que elas atacam.
O que me interessa nem sempre é o que tem importância para mim.
O problema do nosso tempo é que o futuro não é o que costumava ser.
Quem não pode atacar o argumento ataca o argumentador.
O passado, mais ou menos fantástico, ou mais ou menos organizado posteriormente, age sobre o futuro com um poder comparável ao do próprio presente.
Pois se o eu é odioso, amar ao próximo como a si mesmo torna-se uma atroz ironia.
Deus fez tudo de nada. Mas o nada aparece.
A morte fala-nos com uma voz profunda para não dizer nada.
Nós outras, civilizações, sabemos agora que somos mortais.
Muitas vezes as objecções nascem do simples facto de que aqueles que as fazem não são os mesmos que tiveram a ideia que estão a atacar.
Convém sempre desculpar-se de agir bem- nada fere mais.
A glória não depende do esforço, que é geralmente invisível; depende apenas da encenação.
O orgulho mais inacessível nasce principalmente de uma impotência.
Os homens distinguem-se por aquilo que mostram e assemelham-se por aquilo que escondem.
A tática arruína a estratégia; a batalha que se ganhara harmoniosamente no papel perde-se em pequenas coisas no terreno.
Os Povos Felizes não têm História
‘Os povos felizes não têm história’. De onde se infere que a supressão da história tornaria os povos mais felizes. O menor olhar sobre os acontecimentos deste mundo reencontra essa mesma conclusão. O esquecimento é o benefício que a história quer corromper. Nada, na história, serve para ensinar aos homens a possibilidade de viverem em paz. É o ensino oposto que dela se destaca – e se faz acreditar.