Quando o Amor Morrer Dentro de Ti
Quando o amor morrer dentro de ti,
Caminha para o alto onde haja espaço,
E com o silĂȘncio outrora pressentido
Molda em duas colunas os teus braços.
Relembra a confusĂŁo dos pensamentos,
E neles ateia o fogo adormecido
Que uma vez, sonho de amor, teu peito ferido
Espalhou generoso aos quatro ventos.
Aos que passarem dĂĄ-lhes o abrigo
E o nocturno calor que se debruça
Sobre as faces brilhantes de soluços.
E se ninguém vier, ergue o sudårio
Que mil saudosas lĂĄgrimas velaram;
Desfralda na tua alma o inventĂĄrio
Do templo onde a vida ora de bruços
A Deus e aos sonhos que gelaram.
Poemas sobre SilĂȘncio de Ruy Cinatti
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