LXXII
Já rompe, Nise, a matutina aurora
O negro manto, com que a noite escura,
Sufocando do Sol a face pura,
Tinha escondido a chama brilhadora.Que alegre, que suave, que sonora,
Aquela fontezinha aqui murmura!
E nestes campos cheios de verdura
Que avultado o prazer tanto melhora!SĂł minha alma em fatal melancolia,
Por te nĂŁo poder ver, Nise adorada,
NĂŁo sabe inda, que coisa Ă© alegria;E a suavidade do prazer trocada,
Tanto mais aborrece a luz do dia,
Quanto a sombra da noite lhe agrada.
Sonetos sobre Mantos de Cláudio Manuel da Costa
1 resultado Sonetos de mantos de Cláudio Manuel da Costa. Leia este e outros sonetos de Cláudio Manuel da Costa em Poetris.