Natal d’um Poeta

Em certo reino, 谩 esquina do planeta,
Onde nasceram meus Av贸s, meus Paes,
Ha quatro lustres, viu a luz um poeta
Que melhor f么ra n茫o a ver jamais.

Mal despontava para a vida inquieta,
Logo ao nascer, mataram-lhe os ideaes,
A falsa-f茅, n’uma trai莽茫o abjecta,
Como os bandidos nas estradas reaes!

E, embora eu seja descendente, um ramo
D’essa arvore de Heroes que, entre perigos
E guerras, se esfor莽aram pelo ideal:

Nada me importas, Paiz! seja meu amo
O Carlos ou o Z茅 da Th’reza… Amigos,
Que desgra莽a nascer em Portugal!