O Destino Desconhece a Linha Recta
O destino, isso a que damos o nome de destino, como todas as coisas deste mundo, nĂŁo conhece a linha recta. O nosso grande engano, devido ao costume que temos de tudo explicar retrospectivamente em função de um resultado final, portanto conhecido, Ă© imaginar o destino como uma flecha apontada directamente a um alvo que, por assim dizer, a estivesse esperando desde o princĂpio, sem se mover. Ora, pelo contrário, o destino hesita muitĂssimo, tem dĂşvidas, leva tempo a decidir-se. Tanto assim que antes de converter Rimbaud em traficante de armas e marfim em Africa, o obrigou a ser poeta em Paris.
Textos sobre Alvo de José Saramago
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