Preciso de Ti
Antes de começar… Acabei de suplicar dez minutos para este bilhete… Terrivelmente, terrivelmente vivo, dorido, e sentindo absolutamente que preciso de ti. Permiti o silĂŞncio deliberadamente, sentindo uma grande necessidade de me retirar em mim mesmo, para escrever, e mil coisas prevalecendo.
Mudei para outra máquina, assustadora; a máquina francesa… maldita, e eu bĂŞbedo com o desejo de te escrever. Ouve, ligo-te de manhĂŁ: esta noite ou escrevo ou rebento, mas tenho de te ver. Vejo-te brilhante e maravilhosa e ao mesmo tempo tenho estado a escrever Ă June e todo dividido mas tu compreenderás — tens de compreender. Vou atirar-me a uma pausa e faço uma chamada. Anais, apoia-me. NĂŁo deixes que os silĂŞncios te preocupem: estás toda Ă minha volta como uma chama clara. Nada a nĂŁo ser dois pontos, nĂŁo encontro o ponto nem os apĂłstrofos. Nenhuma cĂłpia disto tambĂ©m: Ăłptimo: bĂŞbedo… bĂŞbedo de vida… Anais, por Cristo: se tu soubesses o que estou a sentir agora.
Isto foi [escrito] ao chegar [ao escritĂłrio]. Agora 3h20 da manhĂŁ no quarto do Fred… Toda a força desaparecida e destruĂda por imagens. O Fred está na cama com a Gaby do chambre 48. Está deitada como um cadáver.
Textos sobre PolĂcia de Henry Miller
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