Entender, mais pelo Sentir que pela RazĂŁo

Uma verdade sĂł o Ă© quando sentida – nĂŁo quando apenas entendida. Ficamos gratos a quem no-la demonstra para nos justificarmos como humanos perante os outros homens e entre eles nĂłs mesmos. Mas a força dessa verdade está na força irrecusável com que nos afirmamos quem somos antes de sabermos porquĂŞ.
Assim nos Ă© necessário estabelecer a diferença entre o que em nĂłs Ă© centrĂ­fugo e o que apenas Ă© centrĂ­peto. NĂłs somos centrifugamente pela irrupção inexorável de nĂłs com tudo o que reconhecido ou nĂŁo – e de que serve reconhecĂŞ-lo ou nĂŁo? – como centripetamente provindo de fora, se nos recriou dentro no modo absoluto e original de se ser.
Só assim entenderemos que da «discussão» quase nunca nasça a «luz», porque a luz que nascer é normalmente a de duas pedras que se chocam. Da discussão não nasce a luz, porque a luz a nascer seria a que iluminasse a obscuridade de nós, a profundeza das nossas sombras profundas.
Decerto uma ideia que nos semeiem pode germinar e por isso as ideias Ă© necessário que no-las semeiem. Mas a sua fertilidade nĂŁo está na nossa mĂŁo ou na estrita qualidade da ideia semeada, porque o que somos profundamente sĂł se altera quando isso que somos o quer –

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