A justiça é a vingança do homem em sociedade, como a vingança é a justiça do homem em estado selvagem.
Passagens de Epicuro
105 resultadosÉ estupidez pedir aos deuses aquilo que se pode conseguir sozinho.
Toda amizade, por mais desejável que seja por si mesma, é, no fim das contas, construída sobre o proveito próprio.
Nenhum Prazer é um Mal em Si
Nenhum prazer é um mal em si, mas certas coisas capazes de engendrar prazeres trazem consigo maior número de males que de prazeres. Se as coisas que proporcionam prazeres às pessoas dissolutas pudessem livrar-lhe o espírito das angústias que experimentam diante dos fenómenos celestes, da morte e dos sofrimentos, e se, por outro lado, lhes ensinassem o limite dos desejos, nada teriamos de censurar nelas, pois que as cumulariam de prazeres, sem mistura alguma de dor ou pesar, os quais constituem precisamente o mal.
Convém, portanto, avaliar todos os prazeres e sofrimentos de acordo com o critério dos benefícios e dos danos. Há ocasiões em que utilizamos um bem como se fosse um mal e, ao contrário, um mal como se fosse um bem.
Todo o desejo incômodo e inquieto se dissolve no amor da verdadeira filosofia.
Tu, que não és senhor do teu amanhã, não adies o momento de gozar o prazer possível! Consumimos nossa vida a esperar e morremos empenhados nessa espera do prazer.
As enfermidades duradouras proporcionam à carne mais prazer que dor.
As leis existem para os sábios, não para que não pratiquem injustiças, mas para que não as sofram.
A segurança, perante os homens, pode ser fortificada, até um certo grau, pelo poder e pela riqueza; aquela, porém, que é conferida pela vida na tranquilidade e no retiro da massa dos homens é certamente mais genuína.
O impossível reside nas mãos inertes daqueles que não tentam.
A morte nada é para nós, pois aquilo que já foi dissolvido não possui mais sentimentos. Aquilo, porém, que não possui mais sentimentos, não nos importa.
Cada um sai da vida do mesmo modo como se tivesse acabado de nascer.
A Morte Não É Nada Para Nós
Habitua-te a pensar que a morte não é nada para nós, pois que o bem e o mal só existem na sensação. Donde se segue que um conhecimento exacto do facto de a morte não ser nada para nós permite-nos usufruir esta vida mortal, evitando que lhe atribuamos uma idéia de duração eterna e poupando-nos o pesar da imortalidade. Pois nada há de temível na vida para quem compreendeu nada haver de temível no facto de não viver. É pois, tolo quem afirma temer a morte, não porque sua vinda seja temível, mas porque é temível esperá-la.
Tolice afligir-se com a espera da morte, pois trata-se de algo que, uma vez vindo, não causa mal. Assim, o mais espantoso de todos os males, a morte, não é nada para nós, pois enquanto vivemos, ela não existe, e quando chega, não existimos mais.
Não há morte, então, nem para os vivos nem para os mortos, porquanto para uns não existe, e os outros não existem mais. Mas o vulgo, ou a teme como o pior dos males, ou a deseja como termo para os males da vida. O sábio não teme a morte, a vida não lhe é nenhum fardo,
Caráter é aquilo que você é quando ninguém está te olhando.
Assim como realmente a medicina em nada beneficia se não liberta dos males do corpo, assim também sucede com a filosofia se não liberta das paixões da alma.
O mesmo conhecimento a que devemos o consolo de que nenhum terror é eterno ou que dure muito tempo, também nos deixa compreender que durante o terror, de duração limitada, a verdadeira segurança nos é proporcionada pela amizade.
A morte é uma quimera: porque enquanto eu existo, não existe a morte; e quando existe a morte, já não existo.
Queres ser rico? Pois não te preocupes em aumentar os teus bens, mas sim em diminuir a tua cobiça.
Fazei tudo como se alguém te vigiasse.