O Que Somos Não É
Mas há momentos, nunca o pensaste?, há momentos em que tudo se nos abisma atĂ© Ă fadiga. O desânimo sem fundo. A vertigem para lá de qualquer significação. NĂłs somos o artifĂcio de nĂłs. Mas Ă© aĂ que construĂmos a legitimação de se existir. Somos duplos do que somos e por baixo da camada que nos torna plausĂveis há uma outra realidade que revela o plausĂvel em ficção. O que somos nĂŁo Ă©. O que somos Ă© o que resta depois de tudo se dissipar. O falso de nĂłs Ă© que Ă© verdadeiro. Ou ao contrário, nĂŁo sei.