O homem que perdeu… a estima por si mesmo, deixa de ser bom para algo de grande ou magnânimo.
Frases de Giacomo Leopardi
65 resultadosPor minha própria natureza, não estou longe da dúvida mesmo sobre as coisas consideradas indubitáveis.
O prazer é sempre no passado ou no futuro, nunca no presente.
Para a felicidade, são menos nefastos os males que o aborrecimento.
Acreditaria que a embriaguez tivesse sido para os homens a primeira ocasião e a primeira causa do riso; outro efeito próprio e particular do género humano.
O homem não vive de outra coisa a não ser de religião ou de ilusões.
A morte não é um mal: porque liberta o homem de todos os males, e ao mesmo tempo que os bens tira-lhe os desejos. A velhice é o pior dos males: porque priva o homem de todos os prazeres, deixando-lhe deles todos os apetites; e traz consigo todas as dores. Não obstante, os homens temem a morte e desejam a velhice.
Quem tem a coragem de rir é senhor do mundo, quase tanto como quem está preparado para morrer.
O tédio é de certo modo o mais sublime dos sentimentos humanos. O não poder ser satisfeito por nenhuma coisa terrena nem, por assim dizer, pela terra inteira. Por isso o tédio é pouco conhecido dos homens sem importância, e pouquíssimo ou nada dos outros animais.
O egoísmo foi sempre a peste da sociedade, e quanto maior, tanto pior foi a condição dela.
Quase todos os prazeres da imaginação e do sentimento consistem em recordações. (…)Estão no passado antes de estar no presente.
Que pena beber água não ser um pecado! Que bem saberia então!
A paciência é a mais heroica das virtudes, justamente por não ter nenhuma aparência heroica.
Parece um absurdo, e no entanto é a exacta verdade, que, se toda a realidade for vazia, não haverá mais nada de real nem de substancial no mundo além das ilusões.
Do hábito da resignação nasce sempre a falta de interesse, a negligência, a indolência, a inactividade, e quase a imobilidade.
Não apenas os homens, mas o género humano foi e sempre será necessariamente infeliz. Não apenas o género humano, mas todos os animais. Não apenas os animais, mas todos os seres a seu modo. Não os indivíduos, mas as espécies, os géneros, os reinos, os sistemas, os mundos…
Tem-se muito mais temor do ódio ou da cólera dos homens do que esperança no seu afecto e na sua gratidão.
É curioso ver que quase todos os homens de grande valor têm maneiras simples; e que quase sempre as maneiras simples são tomadas como indício de pouco valor.
Não há nada mais raro no mundo que uma pessoa que possamos suportar sempre.
O meio mais seguro de ocultarmos aos outros os limites do nosso saber é nunca os ultrapassar.