Buscas a perfeição? Não sejas vulgar. A autenticidade é muito mais difícil.
Frases Interrogativas de Mário Quintana
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E se o que tanto buscas só existe em tua límpida loucura – que importa? Isso, exatamente isso, é o teu diamante mais puro!
Você ainda não leu O Significado do Significado? Não? Assim você nunca fica em dia. – Mas eu estou só esperando que apareça O Significado do Significado do Significado.
Como um cego, grita a gente: ?Felicidade, onde estás?? Ou vai-nos andando à frente, ou ficou lá para trás.
Já trazes ao nascer a tua filosofia. As razões? Essas vêm posteriormente, Tal como escolhes, na chapelaria, A fôrma que mais te assente…
A vida é louca, o mundo é triste: vale a pena matar-se por isso?
Não prende, não aperta, não sufoca. Porque quando vira nó, já deixou de ser laço?
Mas por que datar um poema? Os poetas que põem datas nos seus poemas me lembram essas galinhas que carimbam os ovos…
No dia em que estiveres muito cheio de incomodações, imagina que morreste anteontem… Confessa: tudo aquilo teria mesmo tanta importância?
Quem é que pode parar os caminhos? E os rios cantando e correndo? E as folhas ao vento? E os ninhos? E a poesia? A poesia como um seio nascendo…
Todos tem seu encanto: os santos e os corruptos. Não há coisa na vida inteiramente má. Tu dizes que a verdade produz frutos… Já viste as flores que a mentira dá?
-Abandonou-te?
-Pior ainda! Esqueceu-me.
O bom das segundas-feiras, do primeiro dia de cada mês, e do primeiro do Ano, é que nos dão a ilusão que a vida se renova… Que seria de nós se a folhinha marcasse hoje o dia 713.789 da era Cristã?
Hai-Kai de Outono
Uma borboleta amarela?
Ou uma folha seca
Que se desprendeu e não quis pousar?
Que importa restarem cinzas se a chama foi bela e alta?
Um dia… Pronto! Me acabo. Pois seja o que tem de ser. Morrer: Que me importa? O diabo é deixar de viver.
Diálogo Bobo – Abandonou-te? – Pior ainda: esqueceu-me…
Por que prender a vida em conceitos e normas? O Belo e o Feio… O Bom e o Mau… Dor e Prazer… Tudo, afinal, são formas E não degraus do Ser!
Nos foram dadas duas pernas para andar, as duas mãos para segurar, dois ouvidos para ouvir, dois olhos para ver; mas por que só um coração? Porque o outro foi dado a alguém para nos encontrar.
Atirei-me, pois, metaforicamente, pela janela do tricentésimo-sexagésimo-quinto andar do ano passado. Morri? Não. Ressuscitei.