Quando exageramos a ternura que os nossos amigos sentem por nós, é quase sempre menos por reconhecimento, que pelo desejo de valorizar o nosso mérito.
Frases sobre Sempre de François de La Rochefoucauld
43 resultadosO que se chama amizade deveria chamar-se sociedade de interesse e de postos vantajosos. Realmente, não passa de um comércio em que o amor-próprio tem sempre em vista o lucro.
Aborrecemo-nos quase sempre com quem não podemos aborrecer-nos.
O orgulho mantém-se sempre e não perde nada de si mesmo quando renuncia à vaidade.
Os defeitos da alma são como os ferimentos do corpo; por mais que se cuide de os curar, as cicatrizes aparecem sempre, e estão sob a constante ameaça de se reabrirem.
As paixões são os únicos oradores que sempre convencem.
A glória dos homens deve ser sempre medida pelos meios de que lançaram mão para conquistá-la.
A fama dos grandes homens devia ser sempre julgada pelos meios que usaram para obtê-la.
A clemência, que passa por ser uma virtude, é, umas vezes, um acto de vaidade, outras, de preguiça, muitas, resultado do medo, mas é quase sempre a combinação dos três.
Chegamos sempre como novos a todas as idades da vida e muitas vezes com falta de experiência, apesar do número de anos.
A extrema avareza engana-se quase sempre: não há paixão que se afaste mais frequentemente do seu objectivo, nem sobre o qual o presente tenha tanto poder em detrimento do futuro.
Todas as nossas qualidades são incertas e duvidosas, no bem como no mal, e estão quase sempre à mercê das ocasiões.
Alguma desconfiança que tenhamos da sinceridade de quem nos fala, não impede que julguemos sempre que são mais sinceros connosco que com os outros.
Por vezes, as paixões mais violentas dão-nos tranquilidade, mas a vaidade agita-nos sempre.
O ciúme nasce sempre com o amor, mas nem sempre morre com ele.
A mente é sempre enganada pelo coração.
A nossa inveja dura sempre mais tempo que a felicidade daqueles que invejamos.
Para bem se conhecer é preciso descer ao pormenor. Ora como o que há para conhecer é quase infinito, os nossos conhecimentos são sempre imperfeitos e superficiais.
O espírito afeiçoa-se por preguiça e por constância àquilo que lhe é fácil ou agradável. Este hábito limita sempre o nosso conhecimento e nunca ninguém se deu ao trabalho de engrandecer e de levar o seu espírito tão longe quanto ele poderia ir.
Por muita vergonha que tenhamos merecido, podemos quase sempre restabelecer a nossa reputação.