Seja no que for, apenas poderemos ser julgados pelos nossos pares.
Passagens de Honoré de Balzac
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É tão natural destruir o que não se pode possuir, negar o que não se compreende, insultar o que se inveja.
O homem não é bom nem mau, nasce com instintos e aptidões.
O jornalismo é uma catapulta imensa, posta em movimento por ódios mesquinhos.
O mundo, que não é causador de nenhum bem, é cúmplice de muitas infelicidades; depois, quando vê eclodir o mal que ele maternalmente chocou, renega-o e vinga-se.
Pode-se perdoar, mas esquecer, isso, é impossível.
O amor é um poema essencialmente pessoal.
A liberdade leva à desordem, a desordem à repressão, e a repressão novamente à liberdade.
Os pintores só devem meditar com os pincéis na mão.
Tamanha fortuna cobria com um manto de ouro todas as ações daquele homem.
A mulher é o ser mais perfeito entre as criaturas; é uma criação transitória entre o homem e o anjo.
Quando todo o mundo é corcunda, o belo porte torna-se a monstruosidade.
As pessoas generosas são más comerciantes.
A devoção não está no joelho que se dobra, mas no coração, que não se vê dobrar.
O amante é um arauto que proclama onde existe o mérito, o espírito ou a beleza de uma mulher. Que proclama um marido?
As pessoas importantes fazem sempre mal em se divertir à custa dos inferiores. A troça é um jogo, e o jogo pressupõe a igualdade.
Os governos passam, as sociedades morrem mas, a Polícia é eterna.
Esse privilégio de sentir-se em casa em qualquer lugar pertence apenas aos reis, às prostitutas e aos ladrões.
A ilusão é uma fé desmedida.
O matrimónio é como um processo judicial: um lado está sempre insatisfeito.