O medo é a arma dos fracos, como a bravura a dos fortes.
Passagens de Mariano José Pereira da Fonseca
643 resultadosPrezamos e avaliamos a vida muito mais no seu extremo que no seu começo.
As revoluções frequentes fazem raquíticas as nações recentes.
As virtudes se harmonizam, os vícios discordam sempre entre si.
A incredulidade que é da moda nas pessoas jovens, torna-se o seu tormento na velhice.
A intriga que alcança os empregos não habilita para bem servi-los.
A suspensão, remoção ou cessão de um grave mal são reputados pelo paciente como um grande bem: deixar de sofrer é também gozar.
A paciência em muitos casos não é mais senão medo, preguiça ou impotência.
Os grandes, os ricos e os sábios sorriem-se: os pequenos, os pobres e os néscios dão gargalhadas.
Dos especuladores em revoluções muitos se perdem, e poucos prosperam por algum tempo.
A ingratidão descobre o vilão.
O louvor não merecido embriaga como o vinho.
O tempo pretérito se torna presente pela memória, e o futuro pela nossa imaginação.
Sabei escusar o supérfluo, e não vos faltará o necessário.
Ninguém nos aconselha tão mal como o nosso amor-próprio, nem tão bem como a nossa consciência.
Os pequenos inimigos, ainda que menos danosos, são sempre mais incómodos que os grandes.
Os ingratos pensam minorar ou justificar a sua ingratidão, memorando com frequência os vícios e defeitos dos seus benfeitores.
Há empregos em que é mais fácil ser homem de bem, que parecê-lo ou fazê-lo crer.
A morte que desordena muitas coisas, coordena muitas outras.
É muito provável que a posteridade, para quem tantos apelam, tenha tão pouco juízo como nós e os nossos antepassados.