Passagens de Ovídio

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Terminei, enfim, esta obra, que nem a ira de Júpiter, nem o fogo,
nem o ferro, nem o tempo devorador poderão destruir.
Quando aquele dia, que dispõe apenas do meu corpo, quiser,
poderá pôr fim ao tempo da minha incerta vida;
mas com a melhor parte de mim me elevarei imortal
sobre as estrelas, e o meu nome não perecerá.

Quem põe ponto final numa paixão com o ódio, ou ainda ama, ou não consegue deixar de sofrer.

Aqui jaz Nasão, cantor de suaves amores, que pereceu por causa do próprio engenho.

Poucos rios, surgem de grandes nascentes, mas muitos crescem recolhendo filetes de água.

A sorte é imprevisível. Que o teu anzol esteja, pois, sempre atirado às águas. Num açude onde menos o esperas, aparecerá um peixe.

Um cavalo nunca corre tão rápido quanto corre quando tem outros para acompanhar e superar.

Devemos desconfiar do amor que nasce antes de criar raízes: o fogo incipiente apaga-se com pouca água.

Esforçamo-nos sempre para alcançar o proibido e desejamos o que nos é negado.

Junta os Dons do Espírito às Vantagens do Corpo

Para ser amado, sê amável, para o que não bastará a beleza do rosto ou do corpo. Se pretendes conservar a tua amiga e não teres nunca a surpresa de ser abandonado, mesmo que sejas Nireu, amado pelo velho Homero, ou o Hilas de delicada beleza que as Náiades raptaram por meio de um crime, junta os dons do espírito às vantagens do corpo. A beleza é um bem muito frágil, tudo o que se acrescenta aos anos a diminui, murcha com a própria duração. As violetas e os lírios com as suas corolas abertas não florescem sempre; e na rosa, depois de caída, só o espinho permanece. Também tu, belo adolescente, cedo conhecerás cabelos brancos, cedo conhecerás as rugas que sulcam o teu corpo. Forma desde já um espírito que dure e fortalece a beleza; só ele subsiste até à fogueira fúnebre.

Mísero que sou, muito temo, porque muito fiz desavergonhadamente, e vivo torturado pelo medo do meu próprio exemplo.