O egoísmo pode tornar-nos felizes durante uma hora ou um dia, mas faz-nos desditosos durante a vida inteira.
Passagens de Paolo Mantegazza
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O galanteio é uma virtude biológica dos dois sexos, os quais, no período da fecundidade, devem agradar um ao outro e excitar o amor recíproco.
As crianças são quase sempre felizes, porque não pensam na felicidade. Os velhos são muitas vezes infelizes, porque pensam demasiadamente nela.
A inveja nada mais é que o ódio à superioridade.
O dinheiro é um amante sem sexo, mas de que se enamoram todos – homens e mulheres.
O dinheiro é instrumento de felicidade, mas não é a felicidade.
Não há hipócrita que saiba resistir ao exame de uma longa, de uma paciente observação, e o trabalho dissimulado de um ano perde-se na distracção de um minuto.
Que a riqueza das sensações não basta para indicar o nível da inteligência, prova-o, no homem, a força de memória, que não está, quase nunca, em relação com o vigor do raciocínio.
O carácter é a fisionomia moral do homem.
Acima do homem está o dever; acima do dever não existe talvez senão Deus.
A castidade é a sombra do amor.
No banquete da vida a amizade é o pão, e o amor é o vinho.
A educação é a higiene do espírito, assim como a higiene é uma verdadeira educação do corpo.
O caráter é a fisionomia moral do homem.
O belo é o Deus universal dos homens.
Socialismo significa apenas inveja do dinheiro alheio.
Nada é mais contagioso do que o entusiasmo; nada é mais fascinante, mais irresistível do que o entusiasmo da mulher.
O ciúme é uma das enfermidades psicológicas mais congênitas. Quando se nasce com ela, a cura é difícil. Ela envenena as alegrias mais gratas da vida, derrama fel em cada gota de água, em cada bocado de pão.
O ciumento sempre espiona, sempre duvida, sempre sofre; indaga do passado, do presente, do futuro; nas carícias busca a mentira; no beijo procura a indiferença; no amor teme a hipocrisia.
Os afectos podem às vezes somar-se; subtrair-se, nunca.