Passagens de Paul Valéry

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Os livros têm os mesmos inimigos que o homem: o fogo, a humidade, os bichos, o tempo e o próprio conteúdo.

Como fazer para não fazer nada? Não conheço no mundo nada mais difícil. É um trabalho de Hércules, um aborrecimento de todos os instantes.

A saúde é o estado no qual as funções necessárias se cumprem insensivelmente ou com prazer.

As meditações sobre a morte (género Pascal) são feitas por homens que não têm que lutar pela vida, de ganhar o seu pão, de sustentar filhos. A eternidade ocupa aqueles que têm tempo a perder. É uma forma do lazer.

A política foi primeiro a arte de impedir as pessoas de se intrometerem naquilo que lhes diz respeito. Em época posterior, acrescentaram-lhe a arte de forçar as pessoas a decidir sobre o que não entendem.

O número dos nossos inimigos varia na proporção do crescimento da nossa importância. Acontece o mesmo com o número dos amigos.

Os corações dos nossos amigos são frequentemente mais impenetráveis que os dos nossos inimigos.

A guerra é um massacre de homens que não se conhecem em benefício de outros que se conhecem mas não se massacram.

Sei que há um prazer violento que se chama gozar. Adivinhei-o noutros tempos, num momento de embriaguez…é quando a alma se conhece a si própria.

Nada, na história, serve para ensinar aos homens a possibilidade de viverem em paz. É o ensino oposto que dela se destaca – e se faz acreditar.