a teia do olhar

as duas mãos no rosto

descrevo-te o silêncio sob os lábios
juntos
agora celebrando as delicadas sedes
e rindo sobre a haste
onde a saliva tarda

o tacto é uma arma onde o esplendor devora
os sinuosos dedos
e paira sobre o ardor
onde incendeio os pulsos

o amor é uma dança
a demolir-me o peito