Mancebos! De Mil Louros Triunfantes
Mancebos! De mil louros triunfantes
Adornai o Moisés da mocidade,
O Anjo que nos guia da verdade
Pelos doces caminhos sempre ovantes.Coroai de grinaldas verdejantes
Quem rompeu para a PĂĄtria nova idade,
Guiando pelas leis sĂŁs da amizade
Os moços do progresso sempre amantes.VĂȘ, Brasil, este filho que o teu nome
Sobre o mapa dos povos ilustrados
Descreve qual o forte de VendĂŽme.Conhece que os Andradas e os Machados,
Que inda vivem nas asas do renome
Não morrem nestes céus abençoados;
Sonetos sobre Povos de Castro Alves
3 resultados3A Sombra – Ester
Vem! no teu peito cĂĄlido e brilhante
O nardo oriental melhor transpira!
Enrola-te na longa cachemira,
Como as judias moles do Levante,Alva a clĂąmide aos ventos – roçagante…
TĂșmido o lĂĄbio, onde o saltĂ©rio gira…
Ă musa de Israel! pega da lira…
Canta os martĂrios de teu povo errante!Mas nĂŁo… brisa da pĂĄtria alĂ©m revoa,
E ao delamber-lhe o braço de alabastro,
Falou-lhe de partir… e parte… e voa. . .Qual nas algas marinhas desce um astro…
Linda Ester! teu perfil se esvai… s’escoa…
SĂł me resta um perfume… um canto… um rastro…
Aqui, Onde O Talento Verdadeiro
Aqui, onde o talento verdadeiro
NĂŁo nega o povo o merecido preito;
Aqui onde no pĂșblico respeito
Se conquista o brasĂŁo mais lisonjeiro.Aqui onde o gĂȘnio sobranceiro
E, de torpes calĂșnias, ao efeito,
JesuĂna, dos zoilos a despeito,
Ăs tu que ocupas o lugar primeiro!Repara como o povo te festeja…
VĂȘ como em teu favor se manifesta,
Mau grado a mĂŁo, que, oculta, te apedreja!Fazes bem desprezar quem te molesta;
Ser indif’rente ao regougar da inveja,
“Das almas grandes a nobreza Ă© esta.”