A Chama da Vida e o Fogo das PaixÔes

Nem sempre estar apaixonado é bom. A maior parte das paixÔes tomam conta da vontade e assumem o controlo do sentir e do pensar. Prometem a maior das libertaçÔes, mas escravizam quem desiste de si mesmo e a elas se submete.

A paixĂŁo Ă© sofrimento, um furor que Ă© o oposto da paz e do contentamento. Um vazio fulminante capaz das maiores acrobacias para se satisfazer. Mas que, como nunca se sacia, acaba por se consumir, por se destruir a si mesmo. Para ter paz precisamos de fazer esta guerra, na conquista do mais exigente de todos os equilĂ­brios: entre a monotonia de nada arriscar e a imprudĂȘncia de entregar tudo sem uma vontade prĂłpria profunda. É essencial que saibamos desafiarmo-nos, por vezes, a um profundo desequilĂ­brio momentĂąneo. Afinal, quem nunca ousa estĂĄ perdido, para sempre.
Hå boas paixÔes. São as que trabalham como um fermento. De forma pacata, pacífica e paciente. Animam, mas não dominam. Orientam, mas não decidem. Iluminam, mas não cegam.

Quase ninguĂ©m faz ideia da capacidade que cada um de nĂłs tem para suportar e vencer grandes sofrimentos…

Por paixÔes comuns, hå quem perca a cabeça, o coração e a alma.

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