Agradar a Todos e a Ninguém
Aqueles que procuram agradar andam muito enganados. Para agradar, tornam-se maleáveis e dúcteis, apressam-se a corresponder a todos os desejos. E acabam por trair em todas as coisas, para serem como os desejam. Que hei-de eu fazer dessas alforrecas que não têm ossos nem forma? Vomito-os e restituo-os às suas nebulosas: vinde ver-me quando estiverdes construídos.
As próprias mulheres se cansam quando alguém, para lhes demonstrar amor, aceita fazer-se eco e espelho, porque ninguém tem necessidade da sua própria imagem. Mas eu tenho necessidade de ti. Estás construído como fortaleza e eu bem sinto o teu núcleo. Senta-te ali, porque tu existes.
A mulher desposa e torna-se serva daquele que é de um império.
Textos sobre Forma de Antoine de Saint-Exupéry
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A Lei Pode Ser Vista como Costume ou como Polícia
É uma ignorãncia imperdoável não saber que a lei é significação das coisas e não rito mais ou menos estéril por ocasião destas coisas. Ao legislar sobre o amor, faço nascer determinada forma de amor. O meu amor é desenhado pelas próprias coacções que lhe imponho. A lei, portanto, tanto pode ser costume como polícia.