O SustentĂĄculo do Amor
A paz Ă© algo que nenhum homem pode dar a outro. Um dos fins mais importantes para quem arrisca ser quem Ă© serĂĄ o de construir a sua prĂłpria paz. Esta resulta de um trabalho duro de equilĂbrio das vontades, de uma harmonização ĂĄrdua das diferentes dimensĂ”es interiores, como o pensar e o sentir; Ă© um estado ĂĄgil e dinĂąmico que, ao limite, permite ultrapassar e vencer qualquer adversidade.
A paz nĂŁo Ă© o estado de quem vive uma ausĂȘncia de conflitos, Ă© o resultado da conciliação corajosa das diferentes forças que, dentro e fora de cada homem, tentam prevalecer sobre as demais, menosprezando-se mutuamente.Muitos sĂŁo os que julgam ter encontrado a paz quando se livram do sonho do amor. EstĂŁo enganados, o caminho atĂ© Ă felicidade Ă© ainda longo para quem cansado assim se contenta, repousando de uma luta que nem chegou a começar.
A paz é um ponto de passagem de quem ruma à plenitude da vida. A paz é o ponto de partida para o amor, que por sua vez lança o homem para a felicidade. A paz é o ponto de chegada dos que sofrem as dores mais profundas.
A verdade Ă© tranquila.
Textos sobre Limites de JosĂ© LuĂs Nunes Martins
4 resultadosA Minha FamĂlia Ă© a Minha Casa
A solidĂŁo absoluta Ă© nĂŁo ter ninguĂ©m a quem dizer um simples: âtenho vontade de chorarâ. NĂŁo precisamos de muito para viver bem â para ser feliz basta uma famĂlia e pouco mais.
A famĂlia Ă© a casa e a paz. O refĂșgio onde uma vontade de chorar nĂŁo Ă© motivo de julgamento, apenas e sĂł uma necessidade sĂșbita de… famĂlia. De um equilĂbrio para o qual o outro Ă© essencial… assim tambĂ©m se passa com a vontade de sorrir que, em famĂlia, se contagia apenas pelo olhar.
Nos dias de hoje vai sendo cada vez mais difĂcil encontrar gente capaz de ser famĂlia. Os egoĂsmos abundam e cultiva-se, sozinho, o individual. Como se nĂŁo houvesse espaço para o amor. Dizem que amar Ă© arriscado, que Ă© coisa de loucos…
Todos temos sentimentos mais profundos. Cada um de nĂłs Ă© uma unidade, mas o que somos passa por sermos mais do que um. Parte de unidades maiores. Estamos com quem amamos e quem amamos tambĂ©m estĂĄ, de alguma forma, connosco. O amor Ă© o que existe entre nĂłs e nos enlaça os sentimentos mais profundos. Onde uma vontade de chorar Ă© um sinal de que hĂĄ algo em mim que Ă© maior do que eu…
A Infelicidade do Desejo
Um desejo Ă© sempre uma falta, carĂȘncia ou necessidade. Um estado negativo que implica um impulso para a sua satisfação, um vazio com vontade de ser preenchido.
Toda a vida Ă©, em si mesma, um constante fluxo de desejos. Gerir esta torrente Ă© essencial a uma vida com sentido. Cada homem deve ser senhor de si mesmo e ordenar os seus desejos, interesses e valores, sob pena de levar uma vida vazia, imoderada e infeliz. Os desejos sĂŁo inimigos sem valentia ou inteligĂȘncia, dominam a partir da sua capacidade de nos cegar e atrair para o seu abismo.
A felicidade Ă©, por essĂȘncia, algo que se sente quando a realidade extravasa o que se espera. A superação das expectativas. Ser feliz Ă© exceder os limites preestabelecidos, assim se conclui que quanto mais e maiores forem os desejos de alguĂ©m, menores serĂŁo as suas possibilidades de felicidade, pois ainda que a vida lhe traga muito… esse muito Ă© sempre pouco para lhe preencher os vazios que criou em si prĂłprio.Na sociedade de consumo em que vivemos hĂĄ cada vez mais necessidades. As naturais e todas as que sĂŁo produzidas artificialmente. Hoje, criam-se carĂȘncias para que se possa vender o que as preenche e anula.
O Vento que Decidirmos Ser
Uma das mais importantes escolhas que cada um de nós deve fazer é a de escolhermos qual o foco prin-cipal da nossa atenção e cuidado. Se o mundo à nossa volta, a fim de o mudar, ou se o interior de nós mesmos.
Quase todos os bens e males da nossa existĂȘncia partem do nosso interior, pelo que serĂĄ aĂ que importa aperfeiçoar, de forma profunda, tudo o que existe no nosso Ăntimo.
Um dos trabalhos mais importantes de cada um de nĂłs serĂĄ o de saber bem o que queremos. O segredo da felicidade pode estar aĂ: alterar em nĂłs o que nos possa estar a causar desnecessĂĄrias ansiedades. Quantas vezes desejamos algo que estĂĄ fora da nosso controlo?
Existem trĂȘs tipos de coisas: as que dependem apenas de nĂłs; as que escapam por completo Ă nossa decisĂŁo; e, aquelas sobre as quais temos algum controlo, mas nĂŁo total.Se fizermos a nossa alegria depender de algo que nĂŁo estĂĄ na nossa mĂŁo, entĂŁo serĂĄ fĂĄcil que nos sinta-mos roubados de algo que, na verdade, nunca foi nosso. Mesmo nos casos em que o conseguimos obter, a ansiedade associada Ă posse, atĂ© pela iminĂȘncia de o perder da mesma forma que o ganhĂĄmos,