A Sabedoria do Corpo
Tu dizes «eu» e orgulhas-te desta palavra. Mas hå qualquer coisa de maior, em que te recusas a aceditar, é o teu corpo e a sua grande razão; ele não diz Eu, mas procede como Eu.
Aquilo que a inteligĂȘncia pressente, aquilo que o espĂrito reconhece nunca em si tem o seu fim. Mas a inteligĂȘncia e o espĂrito quereriam convencer-te que sĂŁo o fim de todas as coisas; tal Ă© a sua soberba.
InteligĂȘncia e espĂrito nĂŁo passam de instrumentos e de brinquedos; o Em si estĂĄ situado para alĂ©m deles. O Em si informa-se tambĂ©m pelos olhos dos sentidos, ouve tambĂ©m pelos ouvidos do espĂrito.
O Em si estå sempre à escuta, alerta; compara, submete; conquista, destrói. Reina, e é também soberano do Eu.
Por detrĂĄs dos teus pensamentos e dos teus sentimentos, meu irmĂŁo, hĂĄ um senhor poderoso, um sĂĄbio desconhecido: chama-se o Em si. Habita no teu corpo, Ă© o teu corpo.
HĂĄ mais razĂŁo no teu corpo do que na prĂłpria essĂȘncia da tua sabedoria.
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