Educação. A educação é um prosseguimento da geração e, com frequência, uma espécie de embelezamento posterior da mesma.
Passagens de Friedrich Nietzsche
871 resultadosTodos os homens das profundezas põem a sua felicidade em se poderem parecer com os peixes voadores que brincam no alto da crista das vagas; consideram que a superfície é a melhor das coisas: o que elas têm à flor da pele.
Seja impetuoso, um livre-pensador, supere suas limitações.
O falso amor de si mesmo transforma a solidão em prisão.
O cristianismo é uma metafísica do carrasco.
Aquilo que vivemos no sonho, e que nele vivemos repetidas vezes, termina por pertencer à economia global de nossa alma, tanto quanto algo realmente vivido
O nosso sentimento moral é uma síntese, um concerto de todos os sentimentos dominados e subalternos que têm reinado na história dos nossos antepassados.
As próprias mulheres, no fundo de toda a sua vaidade pessoal, têm sempre um desprezo impessoal – pela mulher.
O disfarce sob o manto da religião e da transfiguração através da moral: metamorfoses da escravatura.
Quando adestramos a nossa consciência, ela beija-nos ao mesmo tempo que nos morde.
A vida mais doce é não pensar em nada.
Dominar ou Morrer
Uma espécie nasce, um tipo fixa-se e torna-se forte sob a longa luta com condições desfavoráveis essencialmente constantes. Inversamente, sabe-se pelas experiências dos criadores de gado que as espécies que foram superalimentadas e, de um modo geral, tiveram demasiada protecção e cuidados, logo tendem marcadamente para a variação de tipos e abundam em prodígios e monstruosidades (também em vícios monstruosos). Considere-se agora uma comunidade aristocrática, por exemplo uma antiga polis grega ou Veneza como instituição voluntária ou involuntária, destinada à selecção: há ali homens convivendo dependentes uns dos outros e que querem impor a sua espécie, em geral porque se têm que impor ou de contrário correm o terrível risco de serem exterminados.
Não te enchas de ar: a menor picadela te esvaziaria.
Todas as espécies de inclinações, de amizades, de amor são, simultaneamente, fisiológicas. Ninguém entre nós consegue saber quais as profundezas e quais as alturas que a realidade física atinge.
Existo, logo penso.
Quem possui até aqui a eloquência mais convincente? O tambor; enquanto os reis lhe podem dar ordens são eles que continuam a ser os melhores oradores e os melhores agitadores populares.
Eu procurava homens grandes, nunca encontrei mais do que «macacos de imitação» do seu próprio ideal.
Os Sábios Célebres
Todos vós, os sábios célebres, nunca fostes mais do que os servidores do povo e da superstição popular, e não os servidores da verdade. E é precisamente por isso que vos têm honrado.
E por isso também foi tolerada a vossa incredulidade, porque parecia uma brincadeira, um rodeio engenhoso que vos levava ao povo. Assim o amo dá maior liberdade aos seus escravos e regozija-se até com a sua presunção.
Mas aquele que o povo odeia, com o ódio do lobo pelos cães, é o espírito livre, inimigo das algemas, aquele que não adora, aquele que habita as florestas.
Persegui-lo até ao seu esconderijo, é aquilo a que o povo, sempre chamou ter o «sentido de justiça»; e ainda por cima dão caça ao solitário com os seus ferozes mastins.
‘Porque a verdade está onde o povo está! Ai daqueles que a procuram!’ – é isto o que ecoa através dos tempos.
Queríeis assentar na razão a piedade tradicional do vosso povo e é a isso que chamais «a vontade de verdade», ó sábios célebres!
E o vosso coração insiste em dizer para si próprio: ‘Eu vim do povo, foi também do povo que me veio a voz de Deus.’
Quanto mais me elevo, menor fico aos olhos de quem não sabe voar.
Não é possível estar calado e permanecer tranquilo senão quando se têm flechas no arco; quando não é assim, questiona-se e discute-se.