O mais perigoso ponto de vista: o que eu faço neste momento é tão importante «para tudo o que virá» como o maior acontecimento do passado; nesta formidável perspectiva do efeito, todas as acções são igualmente grandes e pequenas.
Passagens de Friedrich Nietzsche
871 resultados‘Bem e mal são os preconceitos de Deus’, dizia a serpente.
Sonho com um amor em que duas pessoas compartilham uma paixão de buscar juntas uma verdade mais elevada. Talvez não devesse chamá-lo de amor. Talvez seu nome ideal seja amizade.
Os homens não odeiam a ilusão, mas as consequências deploráveis e hostis de certas espécies de ilusão.
É terrível morrer de sede no mar. Porque haveis então de salgar a vossa verdade de modo a que não – mate já a sede?
Para a mulher, o homem é um meio: o objetivo é sempre o filho.
O valor de uma coisa às vezes não está no que se consegue com ela, mas no que se paga por ela – o que ela nos custa.
Na medida em que cremos na moral, condenamos a vida: uma antinomia!
Atenção! Não há nada que tanto gostemos de mostrar aos outros como o selo do segredo… sem esquecer o que há debaixo.
A vida vai ficando cada vez mais dura perto do topo.
A história só é tolerável para personalidades fortes, ela sufoca as personalidades fracas.
Os leitores extraem dos livros, consoante o seu carácter, a exemplo da abelha ou da aranha que, do suco das flores retiram, uma o mel, a outra o veneno.
O hipócrita que representa sempre o mesmo papel deixa enfim de ser hipócrita.
Não procure por felicidades, graças bem-aventuranças distantes e desconhecidas, mas por aquilo que você gostaria de viver de novo e por toda a eternidade.
O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são.
Morrer é duro. Sempre senti que a única recompensa dos mortos é não morrer nunca mais.
Sempre há um pouco de loucura no amor, porém sempre há um pouco de razão na loucura.
Há homens que já nascem póstumos.
Entre os ricos a liberdade é uma espécie de timidez.
A Memória é o Maior Tormento do Homem
Considera o rebanho que passa ao teu lado pastando: ele não sabe o que é ontem e o que é hoje; ele saltita de lá para cá, come, descansa, digere, saltita de novo; e assim de manhã até a noite, dia após dia; ligado de maneira fugaz por isto, nem melancólico nem enfadado. Ver isto desgosta duramente o homem porque ele vangloria-se da sua humanidade frente ao animal, embora olhe invejoso para a sua felicidade – pois o homem quer apenas isso, viver como animal, sem melancolia, sem dor; e o que quer entretanto em vão, porque não quer como o animal. O homem pergunta mesmo um dia ao animal: por que não falas sobre a tua felicidade e apenas me observas?
O animal quer também responder e falar, isso deve-se ao facto de que sempre se esquece do que queria dizer, mas também já esqueceu esta resposta e silencia: de tal modo que o homem se admira disso. Todavia, o homem também se admira de si mesmo por não poder aprender a esquecer e por sempre se ver novamente preso ao que passou: por mais longe e rápido que ele corra, a corrente corre junto. É um milagre: o instante em um átimo está aí,