Passagens de António Vieira

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Enfim, que neste jogo que o mundo chama da fortuna, não consta o ser má ou boa, senão no bom ou mau uso dela.

Quanto é mais eficaz e poderosa para mover os ânimos dos homens a esperança das coisas próprias, que a memória das alheias?

A admiração é filha da ignorância, porque ninguém se admira senão das coisas que ignora, principalmente se são grandes; e mãe da ciência, porque admirados os homens das coisas que ignoram, inquirem e investigam as causas delas até as alcançar, e isto é o que se chama ciência.

Aos outros lugares, ainda que não sejam os mais altos, chega-se tarde e com dificuldade; ao último, logo e facilmente.

A cegueira que cega cerrando os olhos, não é a maior cegueira; a que cega deixando os olhos abertos, essa é a mais cega de todas.

A maior miséria da vida humana (outros dirão outra), eu digo que é não haver neste mundo de quem fiar.

Maior a utilidade que podemos e devemos tirar do conhecimento das coisas futuras, que da notícia das passadas.

O amor não é união de lugares, senão de vontades; se fora união de lugares, pudera-o desfazer a distância, mas como é união de vontades, não o pode esfriar a ausência.

Pois, o que é ignorar invencivelmente senão ignorar e não conseguir saber? E o que é a ignorância invencível senão a ignorância acompanhada da incapacidade de saber aquilo que se ignora?

Se um homem está verdadeiramente arrependido, se conhece verdadeira e profundamente as suas culpas, nunca ninguém dirá dele tanto mal, que ele se não julgue por muito pior.

Estar todo em todo e todo em qualquer parte é propriedade só dos espíritos; e assim está em nós a nossa alma.

Os mais felizes reinos não são aqueles que têm as mais bem entendidas cabeças, senão aqueles que têm as mais bem entendidas mãos.