Frases de Agostinho da Silva

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Frases de Agostinho da Silva. Conheça este e outros autores famosos em Poetris.

A única revolução definitiva é a de despojar-se cada um das propriedades que o limitam e acabarão por o destruir, propriedade de coisas, propriedade de gente, propriedade de si próprio.

O futuro deve ser de tal maneira que nenhuma criança ao nascer se sinta torpedeada pela vida de maneira que julga que tem que desistir de ser para existir apenas como aquilo que a vida obriga a ser.

Eu não voto por rótulos. (…) Eu não quero saber das campanhas eleitorais para nada. Eu quero saber das ideias que as pessoas têm e da maneira como depois as vão defender e praticar.

Talvez não tenha cada um a sua mundividência: mais certo seria dizer-se que tem a sua mundinvenção, e que só essa é real.

O paradoxo fundamental do universo, aquele que inclui as galáxias e as antigaláxias, ser ele pensamento que a si próprio se pensa; para provar mais: que não tem sujeito pensador.

O que nos interessa sobretudo na História seria dar conteúdo actual, ou melhor, conteúdo eterno ao que acaba por aparecer como um empoeirado, como um arqueológico episódio do passado.

Tudo o que é interessante na vida deve ser sempre por opção. Não haver nada obrigado definido, porque é muito engraçado nós termos até o divertimento por obrigatório.

É o grande perigo das pessoas que falam bem: são as serpentes de si próprias, saem dos cestinhos para ouvir a música deliciosa e o que podia ser uma manifestação esplêndida de humanidade transforma-se em espectáculo de rua.

O passado que vale está nos livros e nas oficinas. Além de tudo, poucos serão os mestres que se não poderiam substituir por discos ou papagaios; e esses ensinam pelo viver, pelo escrever, pelo trabalho em seus laboratórios.

Só veneramos uma justiça que eleve o homem e seja a condensação de interesse benévolo que os outros homens têm por ele; só é justa a lei que lhe dá a possibilidade de se tornar melhor.

Lembrai-vos de viver antes de quererdes saber o para quê; e verificareis que, tendo vivido, a pergunta deixa de ter sobre vós o seu peso terrível.

Morre menos gente de cancro ou de coração do que de não saber para que vive; e a velhice, no sentido de caducidade, de que tantos se vão, tem por origem exactamente isto: o cansaço de se não saber para que se está a viver.