Que século, meu Deus! – exclamaram os ratos e começaram a roer o edifício.
Frases de Carlos Drummond de Andrade
1017 resultadosHá certo sadomasoquismo na idéia de Deus deixar-se crucificar pelos homens que ele criou.
Tentamos proteger a árvore, esquecidos de que é ela que nos protege.
Resignamo-nos ao mau tempo, que é periódico, mas não nos acostumamos com os maus governos, que também o são.
Soneto: arma do poeta que se vira contra ele.
O freqüentador de velórios procura certificar-se de que continua vivo.
Certos políticos aprendem como andar velozmente de cócoras.
Há vários motivos para não se amar uma pessoa e um só para amá-la.
Quando estamos muito felizes, sentimos falta de sentir falta de alguma coisa.
Todos os perfumes do mundo estão implícitos na limpeza do corpo.
Deus é tão universal que ao mesmo tempo existe para os crentes e inexiste para os outros.
Pelas notícias de ontem, publicadas hoje, devemos temer o jornal de amanhã.
A certa altura da vida não vale a pena acreditar que alguma coisa valha a pena.
Eu acredito que a poesia tenha sido uma vocação, embora não tenha sido uma vocação desenvolvida conscientemente ou intencionalmente. Minha motivação foi esta: tentar resolver, através de versos, problemas existenciais internos. São problemas de angústia, incompreensão e inadaptação ao mundo.
As dificuldades são o aço estrutural que entra na construção do carácter.
Falar mal de alguém é comprovar-lhe a existência; elogiar, nem sempre.
A ociosidade, mãe de todos os vícios, também gera alguns prazeres.
Escapar da prisão menor para a maior, é o que fazem ou sonham fazer os detentos.
A vida necessita de pausas.
A visita é alegria ou aborrecimento, conforme o visitante ou a hora.