Ora imagina, que um homem devia todos os dias ver se matava a lua. A lua foge. Mas imagina que todos os dias teria de ver se matava o sol? Nascemos com muita sorte.
Interrogativas
1573 resultadosComo começar pelo início, se as coisas acontecem antes de acontecer?
A gente se entrega nas menores coisas. ? Caio Fernando Abreu
Como será possível amar muitas mulheres, quando uma basta para nos fazer sofrer todas as misérias humanas?
Mas porque é que estas ideias não as tem defendido a classe médica? É simples a resposta. É que não há pílulas de sol, nem injeções de exercício, nem tão pouco vacinas de ar… e é preciso viver dos doentes.
O amor quer a posse, mas não sabe o que é a posse. Se eu não sou meu, como serei teu, ou tu minha?
Então de repente, vem aquela pessoa? quando você menos espera, e te deixa sorrindo a toa?
O beijo é flor no canteiro ou desejo na boca?
Cristina disse-me: «O crime não compensa. A literatura compensa?» De jeito nenhum. Escrever é um dos modos de fracassar. Cristina se surpreendeu, perguntou-me então por que eu escrevia. E eu não soube responder.
Para que percorres inutilmente o céu inteiro à procura da tua estrela? Põe-na lá.
Que são as acções e os pensamentos dos homens ao longo dos séculos perante um único instante de amor?
Qual o melhor momento para o jantar? ‘Se alguém é rico, quando quiser, se é pobre, quando puder’.
Não se pode fugir da fraqueza. Você deve lutar ou falecer; e se for assim, porque não agora e onde você está?
Que é a maioria? A maioria é tolice.
O bom senso sempre tem sido de poucos.
Convém pesar os votos e não contá-los.
Somos ruínas. Somos o que foi uma casa com gente viva e crianças a crescer, fumo na chaminé, janelas abertas nas noites de verão, e hoje é tijolos espalhados na terra e arredondados pela chuva, telhas partidas na terra, caliça e terra espalhados no soalho podre de madeira, e ervas a crescer entre as tábuas do soalho. Alguma vez teremos sido uma coisa sólida, uma casa viva?
O meu comportamento é absurdo: não sei defender-me, entrego-me a cada entrevista como se tivesse a vida em jogo. Às vezes parece-me surpreender na cara dos jornalistas uma expressão de assombro. Imagino que estarão a pensar: «Por que tomará ele isto tão a peito?».
Se as nações estrangeiras mandam cientistas ao Brasil, que absurdo haverá de encarregar-se de idêntico objetivo um brasileiro?
É terrível morrer de sede no mar. Porque haveis então de salgar a vossa verdade de modo a que não – mate já a sede?
Com que idade um homem se deve casar? ”Não quando ainda é jovem, nunca quando já é velho”.
Eu amo o mundo! Eu detesto o mundo! Eu creio em Deus! Deus é um absurdo! Eu vou me matar! Eu quero viver! – Você é louco? – Não, sou poeta.