Se a razĂŁo Ă© a poesia – e a minha causa Ă© sĂł essa, a criação poĂ©tica – entĂŁo, o importante nĂŁo Ă© tanto a lĂ­ngua, nem sequer o quanto ela nos Ă© materna. Mais importante Ă© essa outra lĂ­ngua que falamos mesmo antes de nascermos. Nesse registo estĂĄ a porta e o passaporte em que todos nos fazemos humanos, fabricadores da palavra e, com igual mestria, criadores de silĂȘncio.