Frases sobre Mundo de Agostinho da Silva

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Frases de mundo de Agostinho da Silva. As mais belas frases e mensagens de Agostinho da Silva para ler e compartilhar.

Creio que o mundo em nada nos melhora, que nascemos estrelas de ímpar brilho, o que quer dizer, por um lado, que nada na vida vale o homem que somos, por outro lado, que homem algum pode substituir a outro homem.

O drama da Igreja e do mundo de hoje é que pouca gente, dentro dela e dele, vai menos por uma metafísica da Providência do que por uma física, uma física muito pragmática, da Previdência.

O que se tem que dizer é que a pessoa nasce em determinadas circunstâncias, sem se dizer se elas são boas a olho. É um defeito muito grande que nós temos, aquele de dizer que tal pessoa tem tais qualidades e tem tais falhas, tais defeitos. O que se tem que dizer de qualquer pessoa, ou de qualquer situação no mundo, é que tem determinadas características. Porque muitas vezes o que nós verificamos é que são os defeitos que fazem as boas obras, e as qualidades aquelas que muitas vezes as abatem.

Felicidade ou paz nós as construímos ou destruímos: aqui o nosso livre-arbítrio supera a fatalidade do mundo físico e do mundo do proceder e toda a experiência que vamos fazendo, negativa mesmo para todos, a podermos transformar em positiva.

Um político não veio ao mundo para se satisfazer a si próprio: veio para se modelar, veio para se libertar do que lhe era inferior, e não representa num determinado campo senão o que devia ser feito por todos os homens, qualquer que seja a sua especialidade.

Não creio que a coisa melhor do homem seja ser normal, como não me parece ser a fruta melhor do mundo a normalidade que agora Portugal está importando, ou a CEE (enquanto existe CEE, claro) vai obrigar a importar.

Admirar a Natureza e não admirar a mulher que é a sua obra mais bela e não a admirar, querendo-a, em tudo que ela é, espírito e corpo, é ser um poeta que faltou, na sua alma, à amplitude do mundo.

No mundo só fantasia existe: está comigo decidir se ela é o tudo ou o nada, já que me não pode socorrer o exterior, tão interior como eu ou eu tão exterior como ele, os dois afinal num mundo em que também é a fantasia a distinção entre um e outro.

O pensador lança-se à tarefa de desembaraçar o enrolado novelo que o mundo lhe apresenta, mostrando como todo o fio não é mais do que a ligação entre dois extremos, o da eternidade e o do tempo, o da substância e o do acidente, o de Deus e o do homem. E neste trabalho de desenrolar o novelo se lhe vai a vida.